As obras de reabilitação e melhoramento da Estrada Nacional Número Um (N1), ligando as províncias de Maputo e de Cabo Delgado, numa extensão de cerca de 2600 quilómetros, tecnicamente já iniciaram.

A informação foi partilhada recentemente em Maputo pelo ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos (MOPHRH), Carlos Mesquita, indicando que em alguns troços, como, por exemplo, Nicoadala-Namacurra, na prática as obras já estão a decorrer.

Nos restantes troços, segundo suas palavras, estão em curso vários procedimentos impostos pelo financiador, o Banco Mundial, que requerem tratamento para depois se lançar o concurso para o apuramento do empreiteiro.

Depois destas fases, tal como explicou o ministro, seguir-se-á a mobilização de equipamentos pelo empreiteiro para, mais tarde, arrancar-se efectivamente com os trabalhos.

Carlos Mesquita indicou que o acordo de financiamento se tornou efectivo em Dezembro do ano passado, mas só este mês de Junho é que foi possível lançar o concurso para a contratação do consultor que vai trabalhar no projecto conceptual e preparação da documentação, para depois se lançar outro, com vista à mobilização do empreiteiro.

“Para nós, as obras de reabilitação da N1, tecnicamente já iniciaram. Com todas estas fases, podemos afirmar que demos um grande passo porque se trata de uma fase com muita burocracia. Agora, tudo está a acontecer em sequência até que os trabalhos iniciem de facto”, disse.

Para as projecções do Governo, Mesquita afirmou que tudo está dentro do planeado, “esperando que dentro dos próximos tempos o empreiteiro seja apurado para executar os trabalhos”.

Acrescentou que, do que já foi feito, até ao fim do presente mandato, em 2024, boa parte dos cerca de 2600 quilómetros de estrada deveria estar concluída.

Para a execução do trabalho, o país conta com cerca de 850 milhões de dólares do Banco Mundial que deverão ser desembolsados em três fases.

“Estamos a negociar com outras instituições, como o Banco Africano de Desenvolvimento, para financiar obras de resselagem enquanto não se ataca a reabilitação em si da rodovia. A nossa ideia é de estendermos a N1 até Ngomano, fronteira com a Tanzânia”, disse.

(Fonte: Notícias, 12/06/2023, p.01)