A ESTRADA Nacional número um (N1); que liga o país do Rovuma ao Maputo, está a beneficiar de obras de emergência em secções críticas, concretamente no troço Inchope-Caia, na província de Sofala, para permitir a melhoria do transito.

Trata-se de uma extensão de 320 quilómetros com uma degradação bastante acentuada, sendo que tal empreitada com a duração de 12 meses, conta com investimento do Governo em montantes não revelados, através do Fundo de Estradas.

O delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE) na província, Egídio Morais, que facultou a informação em exclusivo ao “Noticias” na Beira, acrescentou que para acelerar a obra, a referida intervenção foi subdividida em lotes, com vários empreiteiros, que se encontram no terreno.

Trata-se da construtora portuguesa Mota Engil. a quem foi adjudicada a empreitada para o tapamento de buracos da via, num percurso de76 quilómetros entre Inchope e Gorongosa.

No trogo Gorongosa-Muera, de 65 quilómetros, as obras estão a ser executadas pelo empreiteiro Concity, enquanto os 58 que ligam Muera e Nhamepeza, ainda se encontram no processo de mobilização dos equipamentos e construção de estaleiro da empresa JJR.

Finalmente, o maior troço do lote, de 115 quilómetros entre Nhamapaza e Caia, as obras são descritas pela nossa fonte como estando a decorrer sem sobressaltos desde Maio, através da Karina Construções.

Sobre o facto, os utentes renovam a esperança que melhores dias virão, caracterizando que com o final desta empreitada vai minimizar o actual drama de longas horas de percurso e avarias frequentes dos meios de transporte.

Das anteriores quatro horas de tempo, entre Inchope e Caia, hoje se faz em cerca de 2 horas, num verdadeiro martírio, sendo que-muitos automóveis preferem, na Sena da Gorongosa, usar a estrada terraplanada Gorongosa-Piro.

Devido à acentuada inclinação da superfície, caracterizada por montanhas e riachos, registam-se, frequentemente, acidentes de viação neste desvio, constituindo assim um sério, risco na circulação de pessoas e bens.

Refira-se que em toda a extensão de aproximadamente 2600 quilómetros da N1, a maior degradação se verifica na área de jurisdição da província de Sofala, entre Save, em Inhambane, e vila de Caia.

O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, anunciou, recentemente na Beira, que as obras de reabilitação dos primeiros 508 quilómetros de via iniciam no primeiro trimestre de 2024.

Para efeito, estão disponíveis 850 milhões de dólares cofinanciados pelo Banco Mundial,cujas obras terão duração de dez anos, dos quais dois de construção e os restantes oito em manutenção.

(FONTE: Notícias, 13/06/2023, p.06)