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As comunidades devem apropriar-se das infra-estruturas rodoviárias reabilitadas e/ou construídas no âmbito do Projecto Integrado de Estradas Rurais (IFRDP), envolvendo-se directamente na conservação para que durem o máximo tempo possível.

O apelo foi feito por Ângelo Macuácua, Presidente do Conselho de Administração do Fundo de Estradas, FP (FE, FP), falando durante a 5ª Reunião do Comité Directivo do IFRDP, realizada entre os dias 5 e 6 de Novembro na cidade de Quelimane, província da Zambézia. O IFRDP desenvolveu-se nas províncias da Zambézia e Nampula.

O PCA do FE, FP, destacou que as infra-estruturas construídas não são apenas obras físicas, mas instrumentos de transformação social e económica, que ligam comunidades, escolas, centros de saúde e mercados.

Neste sentido, enfatizou a importância da apropriação comunitária destas infra-estruturas, apelando ao envolvimento da população na sua conservação.

“A manutenção das estradas não depende apenas do Governo ou dos parceiros, mas também do compromisso de cada cidadão. Cuidar da estrada é cuidar da vida”, afirmou.

Apontou também a importância da segurança rodoviária, destacando que as obras incluem sinalização e dispositivos de protecção para reduzir acidentes.

Contudo, o sucesso destas medidas depende, segundo o dirigente, do comportamento responsável de condutores e peões, apelando ao cumprimento rigoroso das regras de trânsito e enfatizando que “as estradas devem ser instrumento de progresso e não palco de tragédias”.

Ainda na sua intervenção, Ângelo Macuácua expressou gratidão ao parceiro Banco Mundial, que tem  apoiado o Sector de Estradas com um financiamento global de 933 milhões de Dólares Americanos para quatro projectos rodoviários em execução. O investimento permitirá, segundo o PCA, a reabilitação de cerca de 775 km de estradas revestidas e 1160 km de estradas não revestidas.

Durante o encontro, foram analisados os principais desafios enfrentados pelo IFRDP, incluindo questões ligadas às salvaguardas ambientais e sociais e os impactos dos eventos climáticos extremos, que obrigaram à reestruturação do projecto em várias ocasiões.

Os trabalhos iniciaram-se com uma visita ao troço N10/N1: Quelimane–Nicoadala–Namacurra, com uma extensão de 70 km e sendo reabilitados cerca de 65.4 km, no âmbito do IFRDP.

A sessão de abertura teve outras intervenções, incluindo, Calado Ouana, Director dos Serviços Centrais de Planificação na Administração Nacional de Estradas, IP (ANE, IP) que destacou a importância estratégica da província da Zambézia para o desenvolvimento rodoviário nacional. Sublinhou que, entre os quatro projectos em curso, nomeadamente, o Projecto Integrado de Desenvolvimento de Estradas Rurais – IFRDP, Programa de Estradas Seguras para Integração Socio-Economica – SRSEI, o Projecto de Estradas Resilientes ao Clima para o Norte – CRRN e o Projecto de Corredores de Transportes para o Crescimento Resiliente – TRACER, o IFRDP apresenta avanços significativos, contribuindo para melhorar o acesso das populações rurais a serviços básicos e mercados e na promoção da inclusão económica e social.

Por sua vez, o Director Provincial de Transportes e Logística, Jeremias Cipriano António, representando o Governador da Zambézia, saudou os participantes e enfatizou a necessidade de alinhamento entre os planos provinciais e os recursos disponíveis. Só assim, facilitar-se-á o acesso das comunidades aos mercados, escolas, centros de saúde e outros serviços básicos.

O encontro terminou com um apelo aos gestores dos projectos para imprimirem maior dinâmica na implementação das actividades, garantindo que os investimentos feitos se traduzam em resultados concretos e duradouros para as comunidades beneficiárias.